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Foto do escritorDra. Camila Sollero

[ARTIGO] Silicea terra como medicamento único no tratamento da bromidrose axilar.

Atualizado: 26 de out. de 2020

O presente relato de caso é de uma paciente, negra, artista plástica, 45 anos, com diagnóstico de hiperidrose palmo-plantar e bromidrose axilar, há aproximadamente 20 anos.


A bromidrose é uma entidade caracterizada pelo odor desagradável que pode acometer qualquer parte do corpo. O suor, constituído basicamente de sal e água, não apresenta odor, logo a bromidrose é oriunda da proliferação de microrganismos (fungos e/ou bactérias) que se nutrem de restos corpóreos (suor, resíduos oriundos da descamação da epiderme e demais secreções da pele).


Ela ocorre quando o equilíbrio da microbiota normal versus hospedeiro é quebrado por fator externo e/ou interno, podendo favorecer proliferação patológica desses microrganismos. O presente relato de caso é de uma paciente, negra, artista plástica, 45 anos, com diagnóstico de hiperidrose palmo plantar e bromidrose axilar, há aproximadamente 20 anos, período em que submeteuse a tratamento dermatológico, incluindo: antibióticos, antimicóticos e drogas que diminuem a transpiração excessiva.


A cirurgia seria o próximo passo que não foi realizado pelo sucesso do tratamento homeopático. A prescrição inicial foi Silicea terra, por evidenciarmos, na referida paciente, um emagrecimento constitucional, seguido de desmineralização, hidrocefalia, cefaleia occipital agravada pela ansiedade, tendência a infecções das vias aéreas de repetição, amigdalites recorrentes, rinite, pirose retroesternal com alimentos gordurosos, suor profuso em mãos e pés que se mantém frias mesmo no verão.


Como características mentais destacam-se a timidez, indecisão, ansiedade por antecipação, preocupação em ajudar o próximo. Outras opções seriam Calcarea phosphorica, Phosphorus e Pulsatilla, não eleitos por não abrangerem a totalidade sintomática. Foi observada, já no primeiro retorno, após 45 dias de uso diário da medicação escolhida, redução importante da transpiração (relato espontâneo da paciente e observação de que a mesma compareceu aos retornos com apenas uma blusa, quando antes era necessário o uso de duas, uma sob a outra, para diminuir a sensação de umidade) e resolução completa da bromidrose.


Sentiu-se menos ansiosa, mais segura, tendo exercido sua profissão com mais tranquilidade. Este caso demonstra que a terapêutica homeopática mostrou-se efetiva no tratamento da bromidrose axilar, de forma rápida e satisfatória, em comparação ao tratamento convencional.



Confira a publicação na Revista de Homeopatia:


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